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Passagens pela água

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Há um só Senhor, uma só fé, um só batismo. Efésios 4:5

Alguns dos momentos-chave da história da humanidade têm a ver com a água. Lembre-se do relato sobre Noé. O mundo estava inundado de violência e maldade.

Durante décadas, todos foram advertidos de que aquele não era o comportamento para o qual haviam sido criados, que aqueles pecados os destruiriam, que deviam se arrepender. Mas foi um esforço infrutífero: apenas oito pessoas entraram na arca da salvação.

Veio o dilúvio, e tudo teve um novo começo.

Os pecados daquela gente ficaram debaixo d’água.

Lembre-se também da travessia do Mar Vermelho.

Não existe filme ou animação que possa refletir adequadamente a grandeza do momento. Atravessar em terra seca, entre imensas paredes de água, foi uma experiência que jamais se apagaria da memória do povo judeu.

Ver o exército do faraó sendo sepultado entre as ondas do mar gerou uma imagem de justiça e atuação divina que passou a impregnar os relatos judaicos.

João Batista escolheu um lugar de águas calmas, em Betânia, para chamar os judeus à reflexão e ao arrependimento. Era o território por onde, séculos atrás, os próprios judeus tinham entrado em Canaã, e agora era o momento de sair.

Sair das tradições que impediam seu crescimento espiritual, das normas que engessavam sua religião e da vida apegada aos ídolos.

Era o momento de deixar que os pecados ficassem debaixo d’água. Jesus aproveitou tudo o que esse ato simbolizava para empregá-lo como modelo, e foi batizado.

Ele não precisava do perdão porque não era pecador, mas nos deixou o exemplo. Também o fez para que compreendêssemos que apenas Ele salva – um só Senhor que, sendo inocente, Se fez pecado por nós (2Co 5:21). Essa ação gera uma só fé, a fé em Cristo.

Também gera a confiança em quem passou pelas águas por nós.

Se você ainda não é batizado, este é o momento de se apropriar desse símbolo.

Não existe experiência melhor do que a de abandonar seus pecados e começar de novo. Se você já é batizado, este é o momento de renovar seus votos, de abandonar as tradições vazias, as normas ineficazes e seus ídolos pessoais e de novamente se entregar a Jesus.

Essa água refresca como nenhuma outra e, como se fosse pouco, revitaliza a alma e nos prepara para o Céu.

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