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Sabedoria de uma jovem mãe

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Mulher virtuosa, quem a achará? O seu valor muito excede o de finas joias. O coração do seu marido confia nela [...]. Ela lhe faz bem e não mal, todos os dias da sua vida. [...] Fala com sabedoria, e a instrução da bondade está na sua língua. Cuida do bom andamento da sua casa e não come o pão da preguiça. Seus filhos se levantam e a chamam de bem-aventurada; seu marido a louva. Provérbios 31:10-12, 26-28

Essa passagem bíblica descreve minha mãe, que se casou durante a Segunda Guerra Mundial. Aos 30 anos de idade, tinha sete filhos.

Eu era a terceira mais velha.

Meu pai trabalhava longe de casa e vinha nos visitar a cada três meses, a menos que ele estivesse trabalhando fora do país. Quando isso acontecia, ele vinha nos visitar somente uma vez por ano. Por ser filha única, minha mãe também cuidava de nossos avós.

Crescer em um lindo vilarejo rural influenciou meus valores de vida e minha fé em Deus. Não precisávamos de transporte e caminhávamos para onde quer que fôssemos. Na terceira série, certa manhã minha professora disse: “Peguem seus livros e comecem a ler o capítulo três enquanto vou conversar com outra professora sobre suas competições de leitura.” E eu obedeci. Mas, alguns minutos depois de ela ter saído, uma aluna começou a conversar. Incomodada, eu pedi que ela se sentasse e lesse, mas ela se tornou ainda mais inconveniente com todos. A ideia de desobediência me irritava, então peguei meu livro e bati na cabeça dela. A comoção resultante atraiu nossa professora de volta à sala de aula.

Ela perguntou o que havia acontecido.

Contei a ela o que eu tinha feito.

Ela não podia fazer outra coisa além de me enviar para casa.

Eu chorava enquanto caminhava, sentindo como se eu jamais pudesse voltar à escola novamente. Assim que me aproximei de casa, minha mãe me avistou e rapidamente veio se encontrar comigo. Eu disse a ela o que havia acontecido.

Sem dizer nada, ela pegou minha mão e me levou de volta para a escola. Minha mãe conversou com minha professora e, em resultado, foi permitido que eu voltasse para a sala de aula. Até hoje louvo a Deus pela minha mãe, que agora tem 88 anos de idade.

Seu exemplo de como desenvolver virtudes cristãs com um espírito humilde me moldou para ser o que sou hoje. Ela sempre dizia: “Sempre confie no Senhor.

Quando as pessoas falarem mal de você, lembre-se sempre de que o Senhor vê cada tristeza, cada lágrima e todos os desafios que você enfrenta.” Por essa herança, eu considero bendita a minha mãe. Bendito seja o nome do Senhor por todas as mães às quais Deus concedeu virtudes de força e sabedoria para formar, moldar e ensinar mentes infantis a amar e viver para Ele.

Edna Bacate Domingo

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