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Como uma criança

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Em verdade lhes digo: se vocês não se converterem e não se tornarem como crianças, de maneira nenhuma entrarão no Reino dos Céus. Portanto, aquele que se humilhar como esta criança, esse é o maior no reino dos Céus. Mateus 18:3, 4

Ele se põe de pé em posição de atenção, e seus olhos estão fixados diretamente à sua frente. Ele parece estar perdido em sua contemplação de um grande crime cometido. Não posso deixar de considerar a cena levemente engraçada.

Enquanto eu lembro aquele menino de 7 anos de idade que ele cometeu o mesmo crime novamente e explico para ele, mais uma vez, as razões pelas quais seu comportamento é inaceitável, sua resposta foi um simples: “Sim, Senhora.” Em determinado momento, ele olhou para mim e reconheceu sinceramente que tudo o que eu disse está correto. Eu o informei sobre a medida corretiva que seria aplicada.

Ele não fez tentativa nenhuma de se safar da situação.

Mais uma vez, ele simplesmente disse de maneira bastante séria: “Sim, Senhora!” Fiquei intrigada, e tocada pelo momento.

Posso sentir a dor, vergonha e a culpa que a pequena garota estava vivenciando enquanto permanecia sentada em minha sala.

Seu rosto se contorcia e soluços eram emitidos por seu pequeno corpo. Tendo sido apanhada em flagrante colando em um ditado, ela confessou sua culpa e, entre soluços, prometeu que nunca faria aquilo novamente.

Conversei bondosamente com ela, mas de modo sério, e ela pareceu entender. Nós oramos, e sinto que seu arrependimento foi real.

Quando nossa sessão desafiadora acabou, ela parecia estar feliz de saber que foi perdoada e que tinha uma nova chance.

Alguns minutos mais tarde, ela estava sorrindo e brincando na inocência da infância. Duas crianças, colegas de sala e amigas, estavam diante de mim – muito indignadas com o tratamento que haviam recebido uma da outra.

Antes de eu dizer qualquer coisa, acusações transbordaram de sua boca enquanto revelavam as inúmeras maneiras pelas quais uma havia ofendido a outra. Pouco mais de um minuto mais tarde, estabelecemos a causa real do problema. A verdadeira ofensora reconheceu sua culpa e disse à criança ofendida: “Desculpa!” A criança ofendida respondeu com palavras que se tornaram doces aos meus ouvidos: “Está tudo bem.” E as duas foram brincar novamente. Oh, que alegria e privilégio ter esses pequeninos em nossa vida, os quais nos ensinam tanto sobre nós mesmas, sobre a própria vida, e de como podemos nos relacionar com nosso Pai celestial! Sou realmente abençoada! Ajuda-me, querido Pai, a me tornar como uma criança.

Belinda Solomon

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