Regresar

Bolacha sem margarina

Play/Pause Stop
Eu lavava os meus pés em leite. Jó 29:6

Quando o cãozinho Duke veio viver conosco, ele não queria morar em nossa casa. Sua “vovó” querida precisou ir viver em um condomínio para idosos onde não era permitido ter cachorros. Os netos dela também trabalhavam e não tinham tempo para o Duke.

Quando ele chegou em nosso lar, o cachorro se sentiu abandonado e perdido. Ele nos ignorou e se retraiu. Quando eu o levei para sua primeira caminhada conosco, abaixei para retirar um espinho de sua pata e ele me mordeu.

Ele também mordeu quando tentamos removê-lo de cima da cama, de debaixo da cama ou da poltrona. Por fim, deixamos o Duke viver sua vida, dando comida para ele e levando-o para fazer caminhadas sem carinho nem atenção.

Nós simplesmente o tolerávamos e ele fazia o mesmo.

À noite, ele dormia em um cobertor aos pés da nossa cama.

Toda manhã, ele observava quando meus dois gatos se aproximavam de mim para me saudarem e ser amados. Eu os acariciava e conversava com eles.

Os pequenos olhos brilhantes do Duke simplesmente observavam.

Um ano se passou, talvez mais. Então, certa manhã, quando os gatos me deixaram, o Duke se levantou e veio se deitar no meu colo.

Ele também queria ser amado.

Ele havia observado os gatos e também queria o amor que eu demonstrava por eles. Depois disso, ele permitiu que nós o acariciássemos e o pegássemos no colo. Ele se tornou o animal de estimação especial do meu esposo. O que o Duke mais amava era comer. Meu esposo se divertia dando comida do seu próprio prato para o Duke, e ele comia com prazer. Duke fazia qualquer coisa para obter comida, principalmente as bolachas de água e sal que dávamos para ele, até que um dia acidentalmente demos uma bolacha com margarina. Depois disso, o Duke se recusava a comer qualquer bolacha – a menos que ela contivesse margarina. Um novo ditado surgiu em nossa família: “Não vale a pena comer bolacha sem margarina” e encontrávamos muitas ocasiões em que esse ditado se aplicava bem. Relembrando uma época mais confortável e próspera de sua vida, Jó afirmou: “Eu lavava meus pés em leite”. Uma outra versão da Bíblia diz: “Minhas veredas se embebiam em nata” (Jó 29:6, NVI). Estamos satisfeitas com uma bolacha velha e seca de vida, ou permitiremos que Deus nos ame e nos ajude a nos deliciarmos em um relacionamento com Ele? Davi escreveu: “À Tua direita, há delícias perpetuamente” (Sl 16:11). Como o Duke viu os gatos recebendo amor e o desejou também, que outros observem o amor de Deus em nossa vida e também desejem um relacionamento de amor com Ele. Da mesma forma que não vale a pena comer uma bolacha sem margarina, também não vale a pena viver a vida sem Deus.

Edna Maye Gallington

Matutina para Android