Somos cartas

Já eram mais de 13 horas. Abel, meu esposo, Dale, nosso filho, e eu estávamos com fome. Estávamos na região de Merced, na Califórnia, onde vivia nossa filha mais velha. Tínhamos planejado compartilhar uma refeição com ela, mas ela não estava em casa. Dale ligou para ela e perguntou onde ficava o restaurante tailandês mais próximo onde pudéssemos comer. Durante a ligação, ele foi instruído sobre o que fazer para chegar ao restaurante e, sem muita dificuldade, o encontramos. Não era um momento muito agitado do dia, então a proprietária estava servindo também como garçonete. Ela nos recebeu e anotou nosso pedido.

Não muito tempo depois, enquanto estávamos saboreando nossa refeição, começamos a conversar com ela, pois também falávamos tailandês.

Ela era muito agradável e conversou conosco, como se já nos conhecesse havia muito tempo. Acabamos de almoçar, pagamos nossa conta e demos a gorjeta, mas aquela Senhora continuou conversando conosco. Um pouco mais tarde, mencionamos a ela que nossa primogênita e sua família, que residiam naquela cidade, haviam sugerido que fôssemos àquele restaurante. Então, meu esposo mostrou uma foto da minha filha para a dona do restaurante.

Quando ela reconheceu nossa filha na foto mostrada pelo meu esposo, ela olhou atentamente para nós dois. Com um grande sorriso, ela exclamou: “Não estou surpresa por você e sua esposa serem gentis e amigáveis. Sua filha e a família dela são muito semelhantes a vocês!” Uau! Que elogio termos sido chamados de “gentis e amigáveis” na primeira vez que encontramos e conversamos com ela! É por isso que meu esposo e eu adotamos Mateus 25:40 como um dos princípios que direcionam nossa vida.

Não somente somos cartas, de acordo com o apóstolo Paulo, a ser lidas pelas pessoas, mas também devemos nos lembrar de que tudo o que fizermos, seja bom ou ruim, estamos, de fato, fazendo para Jesus.

Ofélia A. Pangan