Regresar

Paz na tempestade

Play/Pause Stop
Levantou-se grande temporal de vento, e as ondas se arremessavam contra o barco, de modo que o mesmo já estava se enchendo de água. E Jesus estava na popa, dormindo sobre o travesseiro. Os discípulos O acordaram e Lhe disseram: “Mestre, o Senhor não Se importa que pereçamos?” E Ele, despertando, repreendeu o vento e disse ao mar: “Acalme-se! Fique quieto!” O vento se aquietou, e tudo ficou bem calmo. Marcos 4:37-39

Eu tremia de medo ao colocar nossas coisas numa mala.

Meu marido havia sugerido que empacotássemos algumas peças de roupa e outras coisas essenciais e deixássemos num hospital próximo onde ele trabalhava.

Estávamos nos preparando para o Irma, um furacão de categoria 5.

As imagens que eu tinha visto de países sendo destruídos pelo furacão Irma tornavam meu medo ainda maior. Pensamentos catastróficos rondavam minha mente.

Será que eu conseguiria ver minha filhinha de um ano e três meses crescer? Será que ela iria crescer? Foi aí que caí de joelhos.

Eu estava sozinha no quarto e orei a Deus, pedindo que Ele tivesse misericórdia de nós. No restante da manhã, tentei me manter ocupada com os últimos preparativos para não ficar pensando no medo que crescia dentro de mim.

Também evitei ficar assistindo a vídeos do furacão.

Mas cada vez que meu marido assistia a uma notícia e eu olhava para o rosto dele na cozinha, já sabia que era ruim. Ele tentava disfarçar, mas era visível o medo nos olhos dele. A função dele era nos proteger, mas a disputa era injusta.

Mal sabia ele o quanto eu me doía por ele! Decidimos fazer mais um culto familiar ao meio-dia. Lemos em Marcos 4:35-41 que Jesus acalmou a tempestade quando foi acordado pelos Seus discípulos apavorados. Depois de ter acalmado a tormenta, Jesus Se voltou para os apóstolos e perguntou por que eles estavam com tanto medo.

Enquanto lia a história na Bíblia, senti como se a pergunta estivesse sendo feita diretamente para mim. Eu já havia orado, mas ainda estava agindo movida pelo medo.

Senti vergonha. Para encerrar o culto, orei e pedi que Deus fortalecesse minha fé e me ajudasse a parar de me preocupar. Então, me recostei na cadeira e fiquei observando minha filha. Ela estava completamente alheia ao que estava por acontecer e continuava rindo, brincando e pulando pela casa como sempre fazia. Aprendi com meu bebê de um ano e três meses como permanecer calma. Como disse Jesus: “Em verdade lhes digo: se vocês não se converterem e não se tornarem como crianças, de maneira nenhuma entrarão no Reino dos Céus” (Mt 18:3). Quando o furacão passou por nós naquela noite, fiquei surpresa por eu ter dormido a maior parte do tempo. Eu tinha experimentado uma paz indescritível em meio à tempestade!

Jodian Scott-Banton

Matutina para Android