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A bênção recebida por uma vida de obediência está em manter cada um dos mandamentos do decálogo. É simples assim.
Depois de quatro anos de espera ansiosa, meu esposo e eu estávamos na corte com juízes ouvindo atentamente nosso testemunho sobre a fraude que sofremos por um banco.
No primeiro dia, quinta-feira, e metade do segundo dia, sexta-feira, meu esposo ficou no banco das testemunhas. Na sexta-feira à tarde, foi a minha vez de ser interrogada. As horas do sábado se aproximavam. Na segunda-feira seria feriado e a corte não iria abrir.
O juiz, os advogados e o júri estavam ansiosos para chegar a um veredito, pois não queriam levar o caso para a terça-feira. Quando comentamos sobre a questão do pôr do sol, o juiz levou os advogados para uma sala enquanto ficamos aguardando, pacientemente, sozinhos com o júri na corte, esperando o resultado da deliberação barulhenta no gabinete do juiz. Nosso advogado, sabendo das nossas convicções religiosas sobre a guarda do sábado, nos pediu que ficássemos, garantindo que terminaria logo e que não chegaríamos em casa “muito tarde”. Falando por nós dois, meu marido disse calma e simplesmente – mas com firmeza – que estávamos dispostos a abrir mão do caso se significasse desrespeitar o sábado.
Nosso advogado disse meio engasgado: – Vocês estão falando sério? É isso mesmo? – Sim, porque o sábado é muito importante para nós – respondemos.
Não podíamos transgredir a lei de Deus.
Então, nosso advogado voltou para o gabinete do juiz.
Mais deliberação barulhenta.
Por fim, o juiz decidiu que o caso seria adiado para terça-feira.
O advogado de acusação saiu muito bravo do gabinete, gritando na frente do júri: – Eu vou embora! Vou esquiar e vai ser no sábado! Na terça-feira, a corte entrou em sessão novamente. O vice-presidente do banco e sua secretária estavam prontos para a defesa como a parte queixosa do nosso caso de fraude. Em menos de uma hora, tudo havia terminado. A secretária quase chorou contando a história dela, obviamente uma história que haviam mandado que ela contasse. O vicepresidente sequer olhava para cima, com a cabeça baixa durante todo o interrogatório. Um caso de quase quatro anos estava concluído. O júri decidiu que o banco era culpado pela fraude. Não tivemos nenhum custo pelo julgamento, somente os custos do advogado, que foi muito gentil e justo. Tivemos que esperar por mais trinta dias, tempo suficiente para que o banco apelasse. Mas não apelou. Finalmente, estava tudo resolvido. A obediência e a fidelidade ao mandamento de Deus resultou no cumprimento da promessa!
Della A. Heisey