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Doce solidão

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Quantas vezes Eu quis reunir os seus filhos, como a galinha ajunta os seus pintinhos debaixo das asas, mas vocês não quiseram! Mateus 23:37

Pelo segundo dia seguido, terminei de ler a minha meditação chorando.

Estava pensando nos meus filhos, meus filhos que já são adultos.

Vi meu filho rapidamente hoje de manhã quando ele estava saindo para o trabalho, pois eu vim cuidar da filhinha dele. Desejei-lhe um bom dia e ele se foi.

Falei com minha filha mais nova por uns cinco minutos uns dias atrás, quando eu estava voltando para casa depois do meu dia como babá.

Conversamos sobre o primeiro dia de aula dela na faculdade e sobre o eclipse solar. Trocamos algumas mensagens de texto ontem à noite de novo.

E também enviei uma mensagem de texto para minha filha mais velha, antes que ela fosse trabalhar. Eu sei que ela anda sempre ocupada e que se esqueceu de responder. Lembro-me de ter ido visitar meus avós quando eu era criança: da casa construída na árvore, dos jogos na varanda durante a noite, de comer pipoca assistindo televisão – e de simplesmente correr por lá. Meus avós adoravam nossas visitas, mas depois que íamos embora, ouvíamos meu avô dizer: “Ah, doce solidão.” Eu também amo a paz e o silêncio da minha casa, que tem apenas meu marido e eu. Posso ouvir meu próprio pensamento dizendo: “Ah, doce solidão.” Mas aí me lembro dos momentos de conversas constantes. Risadas.

Irritação. Alegria. Tristezas. Ocupações. Vida.

E acabo sentindo falta de tudo isso.

Sinto falta da casa cheia daqueles sons, porque eram os sons dos meus filhos. Sinto falta dos meus filhos! Sinto saudade de vê-los, de conversar com eles, de ouvir sobre o dia deles. E foi então que as lágrimas vieram e rolaram pelo meu rosto naquele segundo dia, quando esses pensamentos me ocorreram. De repente, percebi que talvez seja assim que Deus Se sente quando não passamos tempo com Ele. Conversamos um pouquinho de manhã.

Então, Ele me deseja um bom dia e eu vou embora.

Talvez eu volte a conversar com Ele um pouquinho durante a noite.

Contudo, durante o dia eu posso estar ocupada demais.

Esqueço-me de dizer qualquer coisa para Ele. Percebo também que a casa de Deus costumava ter mais gente. Era um lugar feliz e agitado. Então, me pergunto se Deus de vez em quando anseia por um momento de “Ah, doce solidão”. Duvido! Acho que Ele fica ansioso para ouvir sobre nós e para conversar conosco sobre o nosso dia. Mais que isso, acredito que Ele esteja ansioso para nos ver no Céu!

Kathy Pepper

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