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O sopro divino de vida

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O Senhor Deus formou o homem do pó da terra e lhe soprou nas narinas o fôlego de vida, e o homem se tornou um ser vivente. Gênesis 2:7

Era uma viagem de carro de nove horas até chegarmos à casa dos meus avós para as férias da primavera, na cidade de Sherwood, estado de Wisconsin, EUA.

Meu namorado e eu saímos de Lincoln, no estado do Nebraska, e ele estava tentando animar a viagem com muita conversa.

Mas, conforme as horas iam passando, começamos a rodar em círculos, buscando novos assuntos. De repente, notei um painel publicitário na beira da estrada.

Era uma daquelas propagandas cristãs bem-intencionadas, proclamando Jesus como o caminho para a salvação. Vi um enorme “Jesus” no painel e fiquei imediatamente contrariada. Não é que eu seja contra o evangelismo cristão, eu só não acho que um painel publicitário seja a melhor estratégia. Fico imaginando a reação dos ateus que passam por ali e acho que a propaganda provavelmente não tenha para eles uma boa resposta.

Acredito que os painéis publicitários podem trivializar a importância e o significado do nome de Deus. Vejo como as outras religiões reverenciam os nomes das divindades nas quais acreditam. Eles creem no poder dos nomes dos seus deuses.

Enquanto passávamos pelo painel, comecei a desejar que todos os cristãos acreditassem mais no poder do nome de Deus, em vez de invocar Seu nome de qualquer jeito.

Em hebraico o nome de Deus é Yahweh, um nome impossível de ser pronunciado porque ele é um sopro. Sim. Bem. Inspire. Respire.

O poder de Deus está em cada vez que respiramos.

O ser humano não viveu até que Deus enchesse seus pulmões de fôlego.

O sopro de Deus está em cada uma de nós, em todos os momentos.

Quando me esqueço, quando perco o caminho, quando não vejo a mão de Deus atuando em minha vida – lembro-me de que cada fôlego é o “nome” de Deus.

Ele está comigo aonde quer que eu vá e em tudo que eu fizer.

Quando meu avô morreu repentinamente de câncer, muitas pessoas me disseram que era o plano de Deus e que Ele nos ajudaria a passar por aquilo. Mas aquelas palavras não me confortavam. Entretanto, o que realmente me confortava era a certeza de que cada respiração irregular, cada soluço, tinha o nome de Deus. Ele estava comigo e Seu Espírito estava comigo quando precisei. O nome de Deus é sagrado, tão sagrado que somente nós, dentre todas as criaturas, recebemos o fôlego divino. Somos os únicos seres que respiram o nome de Deus. Como podemos viver de qualquer jeito se sabemos quanto é sagrada a nossa respiração?

Sara Ayala

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