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“Cristo me ama, isso eu sei, pois a Bíblia assim me diz!” Sabemos de cor a letra desse hino. Tem também aquele que diz: “Minha pequenina luz eu vou deixar brilhar.” Essas músicas são ensinadas para as crianças na igreja, são canções que nos ensinam a confiar em Jesus e nos mostram que Ele é nosso grande Amigo. Mas o que acontece quando você é uma pré-adolescente que foi abusada por um membro da família e precisa guardar segredo? E para onde vai a pequenina luz quando você passa anos orando por um marido, mas quando finalmente se casa, ele trai você? Ou quando sua mãe fica doente e você ora e jejua para que ela fique bem, mas mesmo assim ela morre? Você começa a duvidar que a canção que diz “Cristo me ama” serve para você também. Então, quando você acha que as coisas finalmente estão entrando na normalidade, seu filho tenta o suicídio. Nesses momentos de dificuldade, é normal nos esquecermos de cantar.
Subestimamos o poder dessas canções que aprendemos quando tínhamos cinco anos. Sejamos sinceras. Quando nosso mundo está desmoronando, sentimos que nossa luz está brilhando? A maioria de nós já passou por momentos em que a vida nos arrastou para a lama – em que parece que o inimigo venceu e que toda a nossa fé foi drenada.
Contudo (com Jesus sempre há um “contudo” – amém?), é nessas horas que devemos nos lembrar da promessa que nosso Pai nos fez: Ele disse que nunca irá nos deixar, nem nos abandonar (Hb 13:5). Nos momentos de aflição, temos que deixar de lado a emoção do imediatismo e nos fundamentarmos na lógica de que nada pode nos separar do amor de Cristo.
Temos que erguer nossa voz e cantar, mesmo que o tom pareça desafinado naquele momento. Devemos juntar forças para cantar, mesmo em lágrimas: “Meu Jesus comigo está e afinal me levará para um lindo céu de luz, pois me resgatou na cruz.”
Sommer E. Williams