MILAGRES

O evangelho de Marcos menciona diversos milagres de Jesus.

Talvez porque tivesse os romanos em mente quando escreveu seu relato, o autor fez questão de mostrar, por meio de muitas histórias, Jesus vencendo repetidamente.

Jesus venceu o demônio, as intempéries da natureza, a doença e até mesmo a morte. Mas, em meio a tantos relatos fantásticos, gosto de observar uma história simples que está no primeiro capítulo. Ali está escrito que Jesus visitou a casa de amigos e lá encontrou uma senhora com febre. Ele tocou as mãos da doente, e ela ficou curada.

Depois de se perceber livre daquele mal, a mulher se levantou e passou a servir às pessoas que estavam na casa. Esse é um milagre aparentemente simples, feito longe das multidões e dos holofotes, diante de poucas testemunhas.

É um milagre comum, íntimo, particular.

Mas é um milagre que me faz pensar.

Albert Einstein disse que “há duas formas de viver a vida: a primeira é viver como se milagres não existissem. A segunda é viver percebendo que tudo é milagre”, até mesmo a cura de uma febre. Eu acredito em milagres, não como uma quebra do fluxo natural da vida, mas como uma devolução das coisas para o que elas deveriam ser desde o início.

Acredito em milagres, não como propaganda da religião, mas como materialização e antecipação das realidades do reinado de Cristo. Acredito em milagres, não como motivo para acreditar, mas como consequência de uma crença genuína.

Acredito em milagres, não simplesmente naqueles que a gente recebe, mas principalmente naqueles que a gente se torna.

Quero viver assim, sensível ao toque de Jesus.

Quero perceber os muitos milagres que já me cercam.

Não quero andar pela vida distraído, procurando por grandes manifestações do poder divino e desprezando o cuidado diário e a providência constante.

Em cada livramento, quero enxergar um propósito.

Em cada talento, quero encontrar um ministério.

Em cada bênção, quero ver uma missão.

Pare um minuto e pense: Em que áreas da sua vida Jesus já realizou milagres? Não importa se parecem pequenos, simples ou comuns. Ao percebê-los, assim como a mulher da história, que você se levante e viva para servir àqueles que estiverem ao seu redor.