TRIBUNAL

Os tribunais dos tempos de Jesus eram diferentes dos atuais.

Os julgamentos aconteciam em uma tenda improvisada, conduzida de acordo com o itinerário do juiz, que determinava a duração do expediente e a ordem dos processos.

Uma pequena multidão geralmente se aglomerava do lado de fora da tenda. Só quem fosse aprovado pelo juiz poderia entrar para apresentar sua causa.

O texto de hoje fala de uma viúva que tinha uma ação que aguardava havia muito tempo uma decisão judicial. Embora fosse perseverante, e pelo simples fato de ser mulher, era como se ela não existisse perante a lei. Não poderia pleitear sua própria causa.

Um homem deveria fazer isso em seu lugar, mas, como não tinha marido, e os filhos talvez fossem pequenos, não havia ninguém que pudesse representá-la.

Com essa história, Jesus queria ensinar uma importante lição aos discípulos e também a nós: precisamos orar sempre, sem desanimar.

O texto diz que a viúva “se dirigia continuamente a ele”.

Imagine quantas vezes ela deve ter ido até o tribunal.

Quantas tentativas. Deus deseja que sejamos perseverantes assim na oração.

Quando você se ajoelha ao pé da cama e pede algo a Deus, um processo começa a se desenvolver. Imagine se nossos pedidos fossem atendidos imediatamente.

Que confusão seria! Gastamos meia hora para decidir o que vamos assistir em uma plataforma de streaming, mas queremos definir nosso futuro sentimental, acadêmico e financeiro em orações de cinco minutos. Não pode ser assim.

Antes de fazer algo por nós, Deus precisa fazer algo em nós.

Precisa nos ajudar a perceber o que queremos de fato.

Algumas vezes, as coisas que desejávamos mais do que tudo deixam de ser importantes para nós. Por quê? Simplesmente porque oramos.

Além disso, Deus precisa despertar em nós consciência sobre a necessidade de preparação para as bênçãos que pedimos. Enquanto oramos, há uma obra sendo realizada em nossa vida. Você precisa de algo? Peça a Deus.

Vá ao encontro Dele, não como quem vai a um caixa eletrônico, mas como quem se senta à mesa com um amigo. Vá para ouvir.

Ele não quer apenas resolver seus problemas. Ele quer resolver você. Aceita?