|
Você provavelmente já tenha assistido a algum filme sobre a vida de Jesus. Uma das cenas mais emocionantes, em minha opinião, é a de Cristo no Getsêmani em Sua noite de agonia. Sua face está desfigurada. Seus lábios trêmulos confessam ao Pai a preferência por um plano alternativo. “Se for possível, afasta de Mim este cálice; contudo, não seja como Eu quero, mas sim como Tu queres” (Mt 26:39). Os três discípulos escolhidos para interceder por Ele estão dormindo. Munido de más intenções, um dos Doze, Judas, entra no jardim para entregar o Mestre. Vai acompanhado por guardas do templo e um destacamento de soldados.
Nos filmes, em geral, o traidor chega com três ou quatro soldados.
Mas a cena descrita por João é diferente.
A palavra para descrever o grupo de soldados, no grego original, é speîra.
O termo era utilizado para se referir à décima parte de uma legião, ou seja, pelo menos 600 homens fortemente armados.
Alguns estudiosos dizem que, se acompanhados por seus auxiliares, um destacamento de soldados poderia chegar a mil homens. Refaça a imagem em sua mente.
São pelo menos 600 soldados romanos entrando no jardim com espadas, escudos e lanças. Arrisco dizer que além destes, ali estão também soldados das trevas, anjos caídos.
Tudo para fazer Jesus Se desviar da rota da cruz.
Mas o texto bíblico diz que Ele Se adianta e pergunta: “A quem vocês estão procurando?” Um deles, talvez o capitão da tropa, responde: “A Jesus de Nazaré.” Nessa hora, Cristo Se levanta e diz: “Sou Eu.” Ao som dessas palavras, todo o exército recua e cai por terra (Jo 18:6). Consegue imaginar a cena? Penso que João fez questão de escrever isso por dois motivos: Primeiro, para que nunca esqueçamos que Jesus sempre esteve no controle.
Com um estalar de dedos, Ele poderia fazer aquele exército desaparecer, mesmo assim escolheu Se entregar. Segundo, para sabermos que uma palavra de Jesus é capaz de fazer todo o exército do mal cair por terra. Essa palavra está à sua disposição hoje.
Viva este dia certo da presença e do poder de Jesus.