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Todo ser humano quer ser dono do próprio nariz, rei do próprio destino. Antes mesmo de aprender a falar, encontramos maneiras de comunicar nossa vontade.
Quando um bebê é contrariado, ele chora, esperneia, faz um alarde.
De alguma forma, quer ter as atenções e o controle da situação.
Depois de crescidos, o método é outro.
Falamos mais alto, multiplicamos argumentos, barganhamos.
Talvez seja por isso que lutamos para ter mais dinheiro, para estabelecer melhores conexões sociais ou pelo menos para aparentar essas coisas.
Nossa relação com Deus também pode ser afetada por esse projeto pessoal. Aproximamo-nos Dele com a ideia de que Sua força pode realizar nossa vontade.
Não somos muito diferentes daquela mãe apresentada no texto de hoje, que pede a Jesus um lugar de destaque em Seu reino para os dois filhos.
Vale tudo pelo poder. Obviamente, os outros discípulos ficaram indignados com o pedido. Mas será que eles não queriam a mesma coisa? Com que intenção seguiam a Jesus? O Mestre era a maior aposta da vida deles. A expectativa de todos era que Jesus em breve subisse ao trono e Se tornasse o novo rei de Israel, a fim de que finalmente se tornassem Seus ministros e tivessem poder. Somos parecidos. Queremos Jesus no trono, desde que o cetro esteja em nossas mãos.
Permitimos que Ele guie nossa vida, desde que Ele nos dê o mapa e nos mostre os próximos passos para nossa aprovação prévia. Essa é uma terrível tentação! É exatamente por causa desse desejo de ter o cetro que devemos constantemente entregá-lo a Deus.
Pare um minuto e pense nos momentos, durante a última semana, em que você foi tentado a tomar o cetro. Pense nas vezes que sentiu necessidade de ter a última palavra em uma discussão com seus pais, com um amigo ou mesmo com Deus.
Pense nas frases que você disse que começaram com “eu quero”, “eu vou”, “eu posso”. Você pode dizer sinceramente que Deus teve o controle das decisões que tomou nos últimos dias? Entregue o controle nas mãos do Eterno.
Submeta-se à Sua vontade, pois ela é boa, perfeita e agradável.
Vale a pena.