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– Este é o meu gato – a moça disse.
Olhei para o Buster aconchegado nos braços daquela jovem desconhecida que estava em pé na varanda dos fundos. – Buster é seu gato? – perguntei tolamente. Ainda era cedo demais naquela manhã. – Buster? – Agora ela parecia confusa. – Este é o Cujo, de 13 anos de idade. Ele é meu gato desde que nasceu no chão do closet da minha casa.
Ele desapareceu três semanas atrás. Ah... Desapareceu... Três semanas atrás. Tudo começava a fazer sentido agora. – Eu o procurei por todo lado.
– Que bom que você o encontrou – eu disse sorrindo.
– Ele é um gatinho encantador que apareceu aqui... três semanas atrás. Ela ficou aliviada. – Demos comida e colocamos essa caminha aqui para ele – eu disse, apontando.
– Ela sorriu. – Nós o chamamos de Buster. – Obrigada por cuidar dele – ela agradeceu. Enquanto eu via Buster/Cujo indo embora no carro de sua dona, refleti sobre sua grande fuga/aventura. Às vezes fazemos algo semelhante – ficamos agoniadas e incomodadas, querendo escapar e ir embora para experimentar a “liberdade”, experimentar uma vida diferente daquela tão generosamente fornecida a nós.
Algumas de nós escapamos da casa do Mestre, e pode ser que talvez até tenhamos gostado da experiência. Certamente não compreendemos o verdadeiro risco que enfrentamos, assim como Buster não sabia o dele. Contudo, é muito, muito perigoso “lá fora”.
O lugar mais seguro é aquele ao qual pertencemos – com Aquele que nos conhece e nos ama. Com Aquele que vem nos procurar quando desaparecemos.
Acenei para o Buster, esperando que ele permanecesse seguro dentro de seu lar. Espero que isso aconteça comigo também.
Carolyn K. Karlstrom