|
Tinha sido uma semana agitada.
Mesmo sendo aposentada, meu trabalho como consultora e palestrante motivacional havia preenchido minha semana e meu fim de semana.
Após um evento, eu havia acabado de retornar para casa e já estava me preparando para outro. Fiz uma lista mental de tudo que eu precisava fazer naquele dia, inclusive ir ao banco depositar dois cheques. Infelizmente, depois de desfazer as malas e refazê-las novamente para o próximo evento, eu não conseguia me lembrar onde havia colocado os cheques! Então, depois do “culto de casal” com meu esposo, procurei rapidamente os cheques.
Como eu estava atrasada, nem fiz minha devoção individual e saí às pressas para minha caminhada matutina diária com minhas vizinhas.
Depois da caminhada, procurei bastante aqueles cheques: em minha mala, na bolsa de livros, no escritório e no quarto – mas não os encontrei.
Embora eu tivesse orado desesperadamente para que Deus me ajudasse, parecia que Ele não estava respondendo. Eu não queria ter que ligar para a organização que emitiu os cheques e dizer que eu os havia perdido! Em desespero, finalmente decidi parar de procurá-los, pois estava ficando ansiosa demais.
Afinal, eu não havia dedicado tempo nenhum para minha devoção pessoal e já estava ficando tarde. Fui até meu cantinho de adoração e peguei meus livros de devoção matinal. Enquanto eu orava e me preparava para ler meu livro devocional, qual não foi minha surpresa quando, naquela pilha de materiais, encontrei os cheques! Incrível! Se eu tivesse seguido minha rotina de devoção pessoal antes da minha caminhada matutina, teria encontrado os cheques muito antes. Contudo, como na conhecida história de Marta, eu estava tão preocupada com outras coisas que não dediquei tempo para minha devoção.
Eu estava sofrendo da Síndrome de Marta! Com aquela experiência, aprendi mais uma vez, pois ela me fez lembrar da importância de não permitir que nossas preocupações nos atrapalhem impedindo de colocar Deus em primeiro lugar.
Dedicar tempo para Ele é mais importante do que se preocupar sobre finanças ou dinheiro perdido. Deus disse que antes de clamarmos, Ele responderá (Is 65:24).
Minhas orações angustiadas teriam sido respondidas mais rapidamente se eu tivesse parado, sentado, e dedicado tempo primeiro para Deus.
Em vez disso, permiti que a síndrome de Marta dominasse a situação. Senhor, que eu possa sempre me lembrar de que devemos “orar sempre e nunca desanimar” (Lc 18:1).
Edith C. Fraser