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Minha vida era repleta de atividades.
Eu era professora em período integral, envolvendo-me em ajudar os alunos a alcançar sucesso, organizando programas escolares específicos, estudando para obter um diploma de literatura, envolvendo-me em atividades da igreja, tudo isso enquanto eu também era mãe e avó em período integral. Eu pensava que minha qualidade de vida podia melhorar se eu conseguisse fazer um pouco mais do que já estava fazendo.
Eu havia me esforçado para completar a última monografia do meu curso e estava me sentindo terrivelmente indisposta, então fui dormir.
Pela manhã, sentindo-me cada vez pior, fui fazer uma consulta.
Minha médica imediatamente chamou uma ambulância e me informou que eu precisava ficar quieta porque eu estava tendo um ataque do coração.
Fui levada ao pronto-socorro e logo fui hospitalizada.
Os médicos fizeram recomendações e, depois de um tempo, recebi alta.
Duas semanas mais tarde, eu já estava de volta ao trabalho com a mesma rotina de antes. Exatamente nove meses depois, eu estava de volta no hospital – mas dessa vez na UTI, totalmente impotente. A única coisa que se pode fazer na UTI é refletir.
A dura realidade de talvez não sair dali com vida enquanto outras pessoas estão morrendo ao seu redor é palpável, mas eu extraía conforto dos versos bíblicos que eu havia memorizado. Depois de um tempo, saí da UTI, mas permaneci internada por mais um período até receber alta e ir para casa. Continuei me perguntando por que Deus havia me poupado.
O que Ele estava tentando me dizer que eu não conseguia ver? Quando recebi alta, fui forçada a viver com minha filha, pois até me locomover para ir ao banheiro era um desafio. Quando eu pensava na caminhada com ritmo acelerado que eu costumava fazer e os movimentos lentos e dolorosos que eu tinha agora, chorava, e queria que Deus me respondesse naquele exato momento. O magistério já não fazia parte da minha vida.
Devido às dificuldades diárias que me deixavam impotente, precisei me aposentar precocemente. “E agora, Senhor?” Na correria da minha vida, eu não conseguia ouvir a voz de Deus. Ele tentava falar comigo, tocando em meu ombro, mas eu nunca sentia Seu toque. Finalmente, quando eu estava em meu leito de aflição, consegui distinguir a voz calma e suave que disse: “Acalme-se, e aprenda que Eu sou Deus! Todas as nações Me exaltam.” Às vezes, nos envolvemos em situações insignificantes, mas Deus sempre nos faz lembrar de permanecermos calmas, e aprendermos que Ele é Deus. Realização completa? Ela só é possível quando honramos a Deus!
Lindale A. Daniel