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Meu esposo e eu tínhamos feito algo inusitado para nós.
Na companhia de outro casal, assistimos ao filme Até o Último Homem. É sobre Desmond Doss, um objetor de consciência da Segunda Guerra Mundial que queria servir seu país. Ele não concordava em tirar a vida de ninguém – muito menos pelo porte de armas. Como médico, enfrentou ridicularizações e zombaria de outros soldados antes de corajosamente salvar 75 vidas no auge da batalha. O presidente Truman, dos EUA, o condecorou com a Medalha de Honra. Ouvi um rapaz dizendo: “Acho que ele deveria pelo menos ter carregado uma arma. Ele não precisava usá-la, só fingir que iria fazê-lo. Uma pequena transigência não teria atrapalhado.” Uma pequena transigência não teria atrapalhado? Será mesmo? Os três jovens hebreus poderiam ter fingido que estavam se curvando perante a estátua do rei – talvez só com um dos joelhos no chão. Mas, se isso tivesse acontecido, eles não teriam a história de Jesus andando com eles dentro da fornalha ardente. Daniel poderia ter transigido um pouco fechando a janela e orando a Deus secretamente em vez de deixar que outros o vissem orando em contradição ao decreto do rei. Mas, se isso tivesse acontecido, ele não teria a história de Daniel na cova dos leões onde os anjos o protegeram, fechando a boca daqueles animais.
Certa vez, Abraão, conhecido como amigo de Deus, pensou em salvar a própria vida dizendo ao rei Abimeleque que Sara era sua irmã. De fato, ela era sua irmã por parte de pai, mas Abraão “falhou” em mencionar que ela também era sua esposa.
Ele transigiu um pouquinho – o que resultou em graves consequências (ver Gn 20:1-18). No Novo Testamento, lemos que, embora Ananias e Safira tivessem prometido dar todo o dinheiro da venda de sua propriedade à igreja, eles transigiram um pouco, ficando com parte do dinheiro, e sofrendo, assim, consequências imediatas e fatais (At 5:1-11).
Em seu livro O Desejado de Todas as Nações, Ellen White escreveu: “O próprio Jesus jamais comprou a paz mediante transigências. [...] A verdadeira paz jamais será obtida com transigência de princípios” (p. 247). Embora, às vezes, precisemos ceder em nossas relações com os outros, devemos permanecer firmes em relação às verdades fundamentais. Jesus, ajuda-me a jamais transigir em meus princípios, e sim permanecer firme em Ti.
Que essa seja sua oração também!
Sharon Oster