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Alguns anos atrás, estávamos fazendo um cruzeiro no Caribe.
Para nós, a verdadeira história começou quando estávamos sentados nas espreguiçadeiras do convés. Era um “dia em alto-mar”.
De repente, Dave falou: – O que é aquilo na água? Respondi que parecia uma boia, o que seria impossível em mar aberto. Dave concordou.
Ficamos olhando, até que ele disse: – Parece uma jangada feita a mão. Parece que tem gente tentando remar ali! Mas logo havia várias pessoas ao nosso redor assistindo à cena também. Tudo foi ficando cada vez mais visível, até percebermos que realmente era uma jangada improvisada, com uma lona usada como vela.
Dava para ver nove pessoas em cima dela, balançando camisetas para garantir que nós as avistássemos. Notamos que nosso navio diminuiu a velocidade, voltando-se na direção da jangada e depois, parou. Um tripulante nos explicou que há uma lei marítima internacional que demanda que navios resgatem qualquer pessoa à deriva.
Levou certo tempo para que o nosso navio se aproximasse da jangada.
Nesse meio-tempo, dois outros cruzeiros e um navio petroleiro pararam por perto, caso precisassem deles. Em pouco tempo, um barco de resgate alaranjado saiu do nosso navio, foi até a jangada e resgatou as primeiras quatro pessoas.
Depois, fez uma segunda viagem e trouxe mais cinco pessoas para o nosso cruzeiro. Fomos avisados de que eram três mulheres e seis homens cubanos tentando encontrar a liberdade. Todos aplaudiam e vibravam enquanto um dos tripulantes nos mantinha informados. Observamos enquanto eles subiam uma escada de cordas para entrar no navio.
A jangada deles era feita de quatro longos blocos de isopor amarrados juntos em cada lado e vários outros blocos na parte frontal com a vela de lona.
O último anúncio feito pelo capitão foi o seguinte: “Salvamos nove vidas hoje!” Deus deve ficar ansioso para ouvir essas mesmas palavras de nós! Ele deve ficar muito feliz quando deixamos tudo para ajudar pessoas em necessidade! Nada é mais importante que salvar vidas. É por isso que a Bíblia diz: “Filhinhos, não amemos de palavra, nem da boca para fora, mas de fato e de verdade” (1Jo 3:18).
Ginny Allen