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Não vimos as pessoas resgatadas pelo nosso navio até o dia seguinte, quando aportamos no cais de Honduras e elas foram entregues ao governo local.
As pessoas fizeram fila nos trilhos quando uma van estacionou com as autoridades locais. Estávamos preocupados, pois alguns diziam que eles poderiam ser enviados de volta para Cuba. Mais tarde, ficamos sabendo que o governo de Honduras prometeu dar asilo a eles durante sete dias e depois seriam enviados a Belize.
Então, Belize prometeu dar-lhes asilo por mais sete dias e depois enviá-los ao México, que era para onde eles estavam tentando ir, pois tinham parentes lá que poderiam ajudá-los. Soubemos também que a tripulação do navio deu roupa limpa e sapatos para eles e que fizeram uma vaquinha para ajudar a comprar as passagens de Honduras para o México. Além disso, deram comida não perecível para que fizessem a viagem.
Os refugiados já não tinham comida na jangada, mas ainda tinham um pouco de água, que ficou na embarcação quando saíram.
Será que você consegue imaginar o tamanho do desespero que levou aquelas nove pessoas a sair numa jangada improvisada e enfrentar os perigos do mar? Era sobre isso que as pessoas do nosso navio conversavam no dia do resgate.
Ficamos sabendo que algumas pessoas reclamaram do atraso no nosso itinerário, apesar de o capitão ter garantido que compensaria o tempo perdido.
Assistimos os refugiados saírem do nosso navio para terra firme.
Foram aplaudidos mais uma vez, em comemoração.
Felizes, eles acenaram para nós.
No dia do resgate, quando voltamos a nos sentar em nossas espreguiçadeiras, um homem africano alto e alegre parou para conversar conosco.
Ele disse: – Nós fizemos história hoje! Somos parte dessa história! – Depois, acrescentou: – Amor só é amor quando o damos aos outros.
Ele estava certo! Na cruz, Jesus nos mostrou o que é o amor.
Ele deu a vida por você e por mim quando nós mais precisávamos.
Qual será a nossa resposta quando as pessoas necessitadas precisarem de nós? A lei internacional requer mãos ajudadoras. Em 1 João 3:18, Deus também nos admoesta a ajudar os outros: “Filhinhos, não amemos de palavra, nem da boca para fora, mas de fato e de verdade.”
Ginny Allen