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A Bíblia diz que sou uma vencedora, mas, recentemente, passei por uma fase em que me senti superfracassada. Eu era dona de casa e cuidava de dois filhos pequenos.
Todos os dias, eu fazia um grande esforço para manter a calma.
Mas eu gritava muito. Eu tinha grandes crises de temperamento.
Sentia-me totalmente incapaz de gerenciar a vida com dois meninos pequenos.
Quase achei que não deveria ter tido filhos.
Já vi outros pais que conseguem disciplinar, colocar limites e cuidar dos filhos muito naturalmente. Eles têm um jeito tranquilo de lidar com a criança, que faz com que o filho logo se acalme e também conseguem administrar as situações difíceis.
Muito devagar, estou aprendendo essa abordagem, porém, nesses momentos de caos, preciso pensar muito antes de conseguir falar em tom calmo e também preciso respirar fundo para não perder a cabeça. O fato de eu ter que ficar em casa todos os dias, o dia todo, com meus filhos em idade pré-escolar me desgasta demais.
Cada uma de nós tem suas próprias lutas, pois somos criadas por Deus de modo único e individual. Sendo cristãs, temos a promessa de que iremos “vencer” o mundo.
Todas nós sabemos que as coisas terminarão bem.
Mas no nosso dia a dia, quando enfrentamos situações diferentes, superar os problemas pode parecer bem diferente para cada uma.
Para mim, quando se trata da maternidade, vencer não significa necessariamente que ficar em casa com meus filhos seja uma bênção.
Acredito que só pela graça de Deus consegui sobreviver aos primeiros quatro anos dos meus filhos. Sou vencedora por causa da graça de Cristo, o que significa aceitar o máximo de ajuda possível para limpar a casa e cuidar das crianças, além de fazer inúmeras orações curtas e desesperadas. Aliás, a oração é a chave, e quando digo oração, estou falando sobre pedir a ajuda de Deus. Sendo mãe, a superação tem sido admitir que minha personalidade não se encaixa muito bem com a realidade de ficar em casa cuidando dos filhos pequenos – e sem me culpar por isso. Também significa usar meus pontos fortes e fazer com que eles compensem minhas fraquezas. Mas hoje, eu sou o cônjuge que trabalha em período integral, enquanto meu marido é quem fica com as crianças o dia todo. Consegui me reerguer e, consequentemente, agir com maior maturidade em relação às emoções dos meus filhos. Com a ajuda de Deus – que me dá tanto a força interior quanto a ajuda exterior – estou mais calma, estou superando.
Lindsey Gendke