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Eu estava aguardando o encerramento do ano de 2017 e ansiando pelo ano seguinte, pois sabia que seria um ano magnífico! Eu tinha passado por perdas e tragédias, mas, com a ajuda de Deus, eu as havia superado e havia conseguido concluir meu doutorado.
Além disso, eu teria muito o que comemorar num futuro próximo: meu filho mais novo estava prestes a se graduar na faculdade.
Planejávamos entrar juntos na cerimônia de formatura.
Ademais, meu marido e eu íamos celebrar o nosso trigésimo aniversário de casamento, eu iria passar para um outro cargo (dentro da mesma empresa), meu filho e minha nora estavam tendo o primeiro bebê e as prestações da casa que meus irmãos e eu havíamos comprado para nossos pais estavam para terminar. Isso mesmo, 2018 seria meu ano da felicidade! Nas primeiras horas do ano, eu estava superanimada e cheia de expectativas.
Eu sorria e cantarolava de alegria quando o telefone tocou.
Um dos meus irmãos estava telefonando e o som da minha voz mostrava toda a minha felicidade. Com uma calma muito bem elaborada, ele me contou os acontecimentos da noite anterior. Seu filho mais velho, meu sobrinho, que tinha recém se graduado na faculdade, tinha sido convidado para uma festa. Todos os amigos dele estavam lá.
Então, um atirador não identificado, que não tinha sido convidado, invadiu a festa e atirou no meu sobrinho e num dos amigos de infância dele.
Meu sobrinho ficou gravemente ferido e o amigo dele morreu na hora. Enquanto eu processava as informações, minha alma parecia gritar para Deus: “Não pode ser! De novo, não! Eu já passei por muitas desgraças!” Durante os meses seguintes, recebemos vários relatórios do meu irmão. Tentávamos animar um ao outro e o nosso laço estreitou-se ainda mais.
Mas, acima de tudo, eu orava. Conversava com Deus sobre os nossos medos, a confusão que havia se instalado e a tristeza que sentíamos, implorando que Ele salvasse a vida do meu sobrinho. Enquanto orava, eu O louvava pelas pequenas demonstrações do Seu amor e compaixão – que eram luzes na escuridão! Meu sobrinho passou por meses de cirurgias e agonia, mas sobreviveu. No entanto, a dor pela perda do amigo irá durar a vida toda.
Por meio dessa experiência, eu pude ver a veracidade de Deus.
Ele é real. A minha maneira de reagir às circunstâncias não afeta o amor que Ele tem por mim. Pois Ele sempre vem ao meu encontro. Não posso escolher quando será a minha vez de sofrer ou de passar por um luto, mas posso escolher quando adorá-Lo, pois em meio às lutas e às celebrações – suas e minhas – existe um Salvador que realmente Se importa conosco.
Rose Joseph Thomas