Claraboia
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Olhei para o telefone em minhas mãos enquanto uma onda de devastação passava pela minha mente. Eu não conseguia compreender totalmente quão completamente uma única palavra havia destruído meus planos para o futuro. “Não”.
O texto de uma palavra dele foi a resposta inesperada à minha pergunta: “Você ainda me quer?” Os planos que havíamos feito juntos, nossos planos de noivado, foram desfeitos. O verão que antecedia meu último ano de faculdade começou com uma mudança repentina de planos. Devastada, abandonei meu emprego de colportora evangelista.
Eu não conseguia lidar com a tensão mental e emocional no auge do meu coração partido. Liguei para minha mãe em lágrimas, em busca de consolo.
Ela disse que eu poderia voltar para casa.
Todos no programa de evangelismo oraram por mim enquanto eu estava magoada demais para orar por mim mesma. Todas as minhas paredes haviam desmoronado.
Todos os meus planos estavam destruídos.
Eu era um navio sem âncora no que parecia ser a pior tempestade da minha vida... Entrei em contato com meus amigos e encontrei uma mistura de simpatia e apoio, julgamento e alegria sobre a minha dor. A maioria oferecia palavras de conforto superficiais, vazias. “Pelo menos você descobriu antes do casamento.” Eu me reconectei com um velho amigo. A namorada dele havia terminado com ele na mesma época em que meu noivo havia rompido comigo. Nós nos unimos, compartilhando nossa dor, e gradualmente juntamos nossos corações partidos. O amor floresceu à medida que compartilhávamos histórias e nos apoiávamos.
Olhando para trás agora, aquela separação foi a melhor coisa que aconteceu comigo. Passei de um relacionamento emocionalmente abusivo para outro no qual posso crescer e florescer. Um relacionamento em que sou apreciada e amada por quem eu sou.
Em minha teimosia e orgulho, tentei me apegar aos meus planos e às expectativas que tinha para a minha vida, independentemente das consequências negativas.
Mas Deus sabia o que era melhor para mim. Meu atual namorado e eu sabemos que nosso relacionamento não existiria sem a mão de Deus em nossa vida.
Ele nos guiou entre as pedras para que nos encontrássemos.
Costumamos brincar que, quando Deus fecha a proverbial janela, Ele abre uma claraboia. Pode ser necessário mais esforço para alcançar as recompensas que Ele tem para nós, mas Ele sempre tem um caminho em mente para nós. Apenas temos que seguir para onde Ele está conduzindo.
Sara Ayala
