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Anos atrás, trabalhei em vários empregos de meio período.
Um deles era passar roupas para uma pousada que ficava a cerca de oito quilômetros da minha casa. A pousada estava trocando todos os lençóis por outros que não precisavam ser passados. Então, terminei a última cesta de lençóis e fronhas que passaria para eles e me preparei para entregá-los. O tempo estava úmido e desagradável, e a estrada escorregadia.
Enquanto eu dirigia cuidadosamente ladeira abaixo, notei uma grande van me ultrapassando. Ela estava em alta velocidade. “Por favor, Deus, não!”, exclamei, temendo que ela me fechasse, causando uma colisão. Havia carros à minha frente e, mais adiante, uma estrada estava sendo consertada. O trânsito estava parado, então não pude fazer o retorno.
Para evitar me atingir, o motorista virou bruscamente para a direita em uma pequena área gramada. A van deslizou um pouco e depois capotou para o lado do motorista. Os carros à minha frente começaram a se mover, então consegui parar na grama um pouco depois dele. Sem telefone celular, corri de casa em casa, batendo nas portas, esperando que alguém estivesse em casa para que eu pudesse ligar para o 190.
Aparentemente, todos estavam no trabalho ou na escola.
Eu teria que chegar à pousada para fazer a ligação.
Cheguei, liguei, paguei e fui embora.
No caminho de casa, vi que um guincho, uma ambulância e um equipamento hidráulico haviam chegado ao local em que a van estava.
A máquina estava removendo o motorista da van.
Agradeci a Deus por ele estar recebendo a ajuda de que precisava, por eu estar inteira e porque meu carro ficara ileso. Mais ou menos um ano atrás, naquele mesmo trecho da estrada, eu estava indo tocar piano em um funeral. Para meu horror, vi uma mulher dirigindo rápido demais ao sair do cruzamento dessa estrada. O carro dela ficou completamente fora de controle. Fui fortemente inspirada a parar. Liguei o pisca-alerta e orei.
Finalmente, recuperando o controle, a motorista parou e saiu do seu lado da estrada, a cerca de dez metros de onde eu estava.
Agradecendo a Deus por nos poupar, segui meu caminho e cheguei em tempo ao meu destino. Nos meus setenta e tantos anos, escapei por um triz várias vezes.
Algum dia, com a ajuda de Deus, encontrarei meu anjo da guarda no Céu e falaremos sobre essas situações perigosas, e talvez sobre outras que eu nunca soube. Sou grata por Deus nos dar anjos da guarda, e você?
Bonnie Moyers