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Rebeca

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Consolem uns aos outros e edifiquem-se mutuamente, como vocês têm feito até agora. 1 Tessalonicenses 5:11

“A sua voz me dá vontade de vomitar!” Fiquei na varanda do meu hotel e observei quatro adolescentes pararem de jogar uma bola de praia.

Uma garota com longos cabelos loiros, vestindo um biquíni de listras amarelas, se virou e disse essas palavras em voz alta e com orgulho para Rebeca, cujo cabelo castanho estava em um rabo de cavalo desgrenhado. Atordoada, Rebeca olhou para a amiga e disse algo baixo demais para eu ouvir. As palavras “apenas pare!” veio gritando de volta para ela.

Ela se levantou e olhou lentamente para as outras duas garotas naquele grupo. Ninguém disse uma palavra. O rosto de Rebeca desfaleceu.

Meu coração entristeceu ainda mais quando a vi se voltar e juntar suas sandálias. Além do short jeans e da camisa azul-claro, Rebeca também usava um conjunto de lágrimas de um coração partido ao se virar e ir embora.

As três garotas observaram em silêncio, trocando olhares e depois seguindo Rebeca com olhos mais firmes. Ninguém estava sorrindo. “Rebeca! Volte!”, começou uma garota. Rebeca continuou andando, de cabeça baixa e determinada.

Eu não precisava ver seu rosto para saber que ela estava chorando de vergonha e mágoa impostas a ela pelas palavras imprudentes naquela praia de férias de verão.

A garota loira ficou em silêncio, em estado de choque ou culpa.

Só espero que não seja de orgulho. “Rebeca, volte! Não vá embora!”, veio a voz da segunda garota. Rebeca estava agora mais à frente na calçada.

Observei enquanto duas das garotas trocavam olhares e começavam a andar rapidamente e depois a correr atrás dela. A loira encolheu os ombros, deu um passo e a seguiu. Será que a Rebeca encontrou amigas melhores? Ela fez as pazes com a loira? Será que esqueceu alguma vez as palavras cruéis ou parou de se machucar por causa delas? A maioria de nós já foi uma Rebeca ressentida ou uma garota loira com palavras imprudentes.

A maioria de nós ainda é. Não importa qual garota fomos, ou somos atualmente, isso levanta a questão: O que Jesus faria por qualquer uma das garotas “em nós”? Ele Se magoa, pois uma despedaça as outras com palavras; a outra já está despedaçada. Ele espera por ambas por uma única razão: Ele nos ama. Se Jesus estivesse na praia naquele dia, ou em sua casa hoje ou em seu escritório ontem, creio que Ele diria a cada “garota” dentro de vocês: “Encoragem umas às outras, minhas filhas. Construam em vez de despedaçar.

Sua linda voz Me faz querer descobrir a alegria com você!”

Heather Vanden Hoven

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