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Com tantas histórias incríveis sobre o maravilhoso cuidado de Deus durante o furacão Irma, lembro-me de uma história relacionada à tempestade que minha querida tia Olívia compartilhou comigo. Ao contrário de 2017, quando os meteorologistas tinham detalhes da previsão do furacão quase como uma ciência, sabíamos pouco sobre as tempestades em 1945. Minha tia tinha cinco anos e sua irmã mais velha, Emma, treze.
Totalmente desavisados sobre o iminente furacão, seus pais saíram cedo para ir à fazenda buscar comida para a família.
Eles partiram, como de costume, muito antes do amanhecer e pretendiam estar de volta antes do anoitecer. Emma e Olívia acordaram com ventos uivantes e a casa balançando como um junco em uma tempestade. Como moravam na costa sul de Belize, elas estavam acostumadas aos ventos “bayamo” (rajadas violentas) de cedo de manhã nos dias de verão.
Logo elas descobriram que aquele não era um vento comum.
Era um furacão totalmente desenvolvido.
A tempestade monstruosa tirou a casa de seu alicerce e algas marinhas começaram a se espalhar pela casa! Emma abriu a porta para ver o que estava acontecendo.
Quando ela saiu, viu que a água estava muito profunda para entrar.
De volta para dentro, ela bateu a porta atrás de si, compreendendo ser melhor que ficassem dentro de casa. Quando Emma tentou pegar um pouco de pão caseiro e outros produtos assados para comer, ela os encontrou já encharcados.
Deus mantém uma vigilância especial sobre as crianças.
Emma foi até o quarto dos pais, esvaziou o baú de lembranças e, com a ajuda dos anjos da guarda, tenho certeza, colocou-o sobre a cama.
As duas subiram. Emma se agachou, usando os joelhos para abrir um pouco o baú para deixar entrar um pouco de ar. E sim, de maneira infantil, elas adormeceram. Quando acordaram, tudo estava quieto. Graças a Deus, a tempestade havia passado! A água do mar e as algas ainda estavam na casa, mas as meninas estavam seguras. O Salmo 91:11 e 12 tornou-se real para elas. Ele ainda é real para a única irmã sobrevivente da minha mãe, Olívia. Um vizinho apareceu, certo de que não havia sobreviventes na casa, mas encontrou as meninas acordadas. Famintas e assustadas, mas vivas! Assim como os anjos de Deus cuidaram de Moisés no rio Nilo há muito tempo, Ele enviou Seus anjos para cuidar do “cesto” das minhas tias. Servimos a um Deus maravilhoso! Será incrível ouvir histórias de libertação de nossos anjos da guarda lá no Céu. Vamos planejar estar lá para ouvi-los!
Claudette Garbutt-Harding