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Imagine uma mulher no meio de um jardim, conversando com uma serpente voadora, que lhe oferece uma fruta de uma árvore proibida.
Não, você não está lendo o quarto volume de O Senhor dos Anéis.
É a Bíblia. Assim, o Gênesis, o livro dos começos, conta como o pecado entrou no mundo. Muitas pessoas não dão crédito a esse relato.
Para elas, trata-se de mais uma parábola ou um mito que aponta para realidades espirituais transcendentes. Eu não encaro dessa forma, pois a história “esquisita” ganha sentido quando encaramos, da perspectiva correta, os protagonistas e o enredo em questão. “Por que uma árvore?” e “por que um fruto?”, alguém poderia perguntar.
Chega a ser estranhamente engraçado pensar que a história do mundo foi decidida por uma mulher diante de uma árvore.
Mas é possível encontrar respostas interessantes para essas duas perguntas. Antes de tudo, precisamos entender que Deus é o personagem principal da história.
Ele criou Adão e Eva livres, os quais precisavam demonstrar que serviam a Deus por amor e que esta era uma escolha consciente, fruto da confiança que mantinham como Criador. Mas por que uma árvore? Eu respondo com outra pergunta: Exceto o casal, o rio e os animais, o que mais havia no jardim do Éden além de árvores? Nada.
Deus achou sábio testar o casal privando-o do fruto de uma das muitas árvores que havia ali. Você sabia que ainda hoje é assim? Naquele tempo não havia livros para que Deus indicasse quais eles não deveriam ler. Não havia muitos tipos de bebida para que algumas fossem proibidas por Deus. Naquele tempo não existia YouTube.
Não havia muitos pratos, filmes, negócios ou diversões diferentes.
Só havia árvores, e foi isso que Deus usou.
Mesmo sem muitas explicações, sem uma análise minuciosa do fruto da árvore, Adão e Eva tinham que dar provas de sua fé. Quais são as suas árvores? O que chama a atenção dos seus olhos? O que deixa você com água na boca? Onde você precisa dar provas de sua fé? Pense nisso e faça as escolhas certas.