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Há pessoas que imaginam ser um dever cristão identificar os problemas na vida dos outros. Muitas delas chegam até a se apoiar nas palavras do evangelho, especialmente em Mateus 7:15 a 20, que fala a respeito dos falsos profetas e do cuidado que os discípulos de Jesus devem ter em relação a eles. O que esses críticos não percebem ou desconsideram é que o texto diz “pelos seus frutos os conhecereis” (ARA), e não “pelos seus frutos os condenareis”.
Existe um abismo entre essas duas realidades.
Se por um lado devemos estar atentos às marcas presentes na vida e no caráter das outras pessoas, principalmente dos líderes espirituais, por outro, não podemos cair na cilada de dedicar mais atenção a essa investigação e deixar passar despercebidos os erros de conduta e outras tantas falhas de caráter presentes em nós.
Todos somos pecadores, imperfeitos e carentes da misericórdia de Deus.
E na Bíblia encontramos conselhos sobre a forma correta de nos relacionarmos com a nossa imperfeição e a dos outros.
Está escrito que devemos conhecer, não condenar.
Condenar tem a ver com pecado, é verdade.
Mas isso é reduzido, por alguns, a uma lista de comportamentos inadequados que deve ser atacada com grosseria. Conhecer é algo totalmente diferente.
Condenar é fácil, conhecer é difícil. Condenar só leva de nós um pouco de saliva e uma dúzia de palavras apressadas. Conhecer exige bem mais.
Exige atenção para observar o todo. Exige tempo para a maturação dos frutos. Exige humildade para reconhecer a ignorância. Exige coragem para a repreensão.
Exige consagração para a intercessão.
Aqui está o ponto. Precisamos de menos condenação e mais intercessão.
Abra mais os braços do que a boca.
O mundo está cheio de opiniões, mas vazio de acolhimento e afeto. Ore mais pelas pessoas. Peça a misericórdia de Deus sobre a vida de quem errou.
Todos nós um dia precisaremos de uma oração desse tipo em nosso favor. Descobri que é impossível falar mal das pessoas por quem oramos.
Então experimente isso. Conheça e interceda.
O restante deixe nas mãos de Deus.