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JEITINHO

Play/Pause Stop
Quer você se volte para a direita quer para a esquerda, uma voz nas suas costas dirá a você: “Este é o caminho; siga-o.” Isaías 30:21

Eu devia ter uns 10 anos de idade quando iniciei um ministério pessoal meio controvertido. Meu desejo era falar de Jesus para as pessoas, mas tinha vergonha de abordá-las na rua. Então decidi que faria isso por telefone.

Acontece que, naquela época, ligações telefônicas custavam caro, e meus pais haviam bloqueado a linha da nossa casa para chamadas não programadas.

Sendo assim, a única opção eram as chamadas a cobrar, aquelas que você fazia para outra pessoa e repassava os custos da ligação para ela.

Minha estratégia era simples: discava números aleatórios e, quando a pessoa atendia, eu dizia que ela havia recebido uma música de presente.

Quando, do outro lado da linha, alguém aceitava a oferta, eu apertava o play do aparelho de som e colocava para tocar uma das faixas do disco Chegou a Hora, do quarteto Arautos do Rei, que era o meu predileto. Acho que acabei inventando uma versão gospel para o trote telefônico! Lembro-me de uma moça, em especial, que gostou tanto da canção que pediu para ouvir outras. Se não me engano, ela ouviu o disco quase inteiro.

A verdade é que podia até ser gospel, mas continuava sendo trote. Tive um chefe que sempre dizia: “Não existe jeito certo de fazer a coisa errada.” Pense por alguns segundos nessa frase e me diga se não faz sentido.

É estranho, mas conheço pessoas que se orgulham de ter encontrado uma brecha na lei, uma forma politicamente correta para realizar coisas que não deixaram de ser erradas. O povo brasileiro é conhecido por sua persistência e criatividade.

Ele sempre dá um jeito. Mas o jeitinho brasileiro, em muitos casos, é usado para tirar vantagens indevidas. Aí não pode. Por exemplo: as anotações de sala de aula podem estar impecáveis, mas, se a ideia é utilizá-las durante a prova, sem a autorização do professor, já deu ruim. É trapaça. O conselho inspirado é claro: “Devemos escolher o que é correto porque é correto, e deixar com Deus as consequências” (Ellen G. White, O Grande Conflito, p. 387 [460]).

Se você prestar atenção e estiver disposto a obedecer, vai ouvir a voz do Espírito Santo lhe dizendo hoje qual é o melhor caminho.

Ouça e escolha fazer o que é certo.

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