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Já era a terceira resenha que o aluno entregava escrita à mão, quase ilegível.
Era um bom aluno, atento e dono de um notebook moderno, que utilizava durante as aulas. O professor do seminário começou a conversa: “Filho, o que você acha de imprimir os trabalhos? Está difícil entender sua letra.” O rapaz abaixou a cabeça e, com o olhar fixo em algum ponto do chão da sala, disse: “Professor, preciso confessar um pecado…” Silêncio por alguns poucos segundos. “Tenho problemas com pornografia. Quando volto para casa, à noite, deixo o computador e o celular no carro. Evito qualquer tipo de conexão. Foi a maneira que encontrei para manter distância de tudo aquilo que me leva à fraqueza. Como faço os trabalhos mais tarde, já cansado, a letra não fica boa.” O professor ouviu atentamente.
O aluno ergueu os olhos e perguntou: “Posso continuar fazendo assim?” A resposta, acompanhada de um olhar terno e compreensivo, foi: “Claro que pode.” Ao final do semestre, o aluno havia entregado todas as 16 resenhas escritas à mão.
O professor não conseguiu decifrar tudo, mas a nota foi 10.
Todos travamos uma luta pessoal contra o pecado.
Depois de sua conversão, Paulo descreveu em palavras dramáticas sua batalha pessoal. Em meio a isso tudo, há duas notícias: uma ruim e outra excelente.
A ruim: somos todos pecadores. Já nascemos infectados.
Pecado é mais que ação. É condição da qual nenhum de nós é capaz de escapar. As tentações são diferentes, mas a tendência é a mesma.
Nossas relações são todas afetadas.
Mas, diante dessa realidade, podemos escolher entre o martelo do juiz e a bacia com água do servo. A excelente: o pecado nos tirou do Éden, mas nunca vai conseguir nos arrancar do coração de Deus. Temos Pai, Advogado, Amigo e Substituto.
Ele não poupou esforços nem mediu consequências para nos salvar.
Ele conhece nossas tentativas fracassadas.
Ele recebe e traduz nossos rabiscos confusos.
Ele vê em nós muito mais do que somos agora.
Vê o que podemos ser por intermédio de Sua graça agindo em nós.
Isso não garante vitória sobre cada tendência, mas nos motiva a nunca desistir da luta. Não desista! E entregue a próxima resenha.