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COPOS CHEIOS

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Preparas um banquete para mim à vista dos meus inimigos. Tu me honras, ungindo a minha cabeça com óleo e fazendo transbordar o meu cálice. Salmo 23:5

Você já recebeu alguma visita inesperada e inconveniente? Aquela que chega bem na hora em que você ia sair de casa ou quando estava para entrar no banho? Tentando sinalizar nosso incômodo de um jeito discreto, geralmente olhamos para o relógio ou permitimos que o assunto “morra”, não é mesmo? Nos dias de Davi, existia um interessante costume que foi preservado por alguns clãs e algumas tribos até hoje. Sempre que alguém recebia uma visita, atendia a pessoa com uma jarra e dois copos. Ambos se assentavam de acordo com a orientação do anfitrião, que enchia os copos com um tipo de chá ou suco.

Durante a conversa, cabia ao dono da casa a tarefa de reabastecer o copo do visitante. No momento em que o copo esvaziasse, sem reposição, a mensagem estava dada: a visita precisava acabar. Provavelmente algum compromisso na agenda ou alguma tarefa interrompida no lar impedisse que o encontro continuasse. Era hora de partir.

Tenho a impressão de que perdemos a capacidade de estar inteiros.

Parece impossível corpo e mente ocuparem um só lugar.

Vivemos divididos e somos movidos por culpas e ansiedades, incapazes de desfrutar a beleza das paisagens e dos encontros. Temos pressa.

No Salmo 23, o poeta fala de seu cálice transbordante.

E, nessa imagem, há um convite. Somos convidados pela graça a viver na presença do grande Anfitrião. Em Sua presença, somos sempre bem-vindos.

Nunca inoportunos, nunca inadequados. Sempre desejados e amados.

Não há pressa na agenda de quem é o Dono da eternidade.

Cada novo dia que começa é como uma porta aberta para um lugar em que somos convidados a ser inteiros. Deixe as cargas na entrada. Tome assento.

Beba até saciar a alma. Olhe nos olhos. Diga sem medo.

Desfrute a presença. O Eterno já estava esperando por você.

Bem-vindo ao país onde os copos nunca ficam vazios!

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