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Quem nunca se sentiu preso? Foi exatamente o que pensei depois de ouvir os gritos e o barulho da porta se fechando logo atrás de seus passos apressados.
Aonde ia? Não sei. Talvez nem ele soubesse.
Uma coisa estava clara entre suas ideias meio rebeldes: queria ser livre.
Os caminhos que escolhemos na vida sempre nos conduzem a algum tipo de prisão.
E não é difícil perceber. São lugares, carreiras, relacionamentos, hábitos que nos prendem, norteiam e limitam os passos seguintes.
Amadurecer é aprender a administrar frustrações.
É conviver bem com a descoberta de que por trás de cada escolha existe uma renúncia. A verdade é que todos somos escravos, mas com o direito de escolher quem será nosso senhor. Quem nunca se sentiu preso pelas regras de casa, pelos caprichos do chefe? Por uma promessa, um semáforo, uma fila, um prazo, um casamento, um filho? Quem nunca se sentiu um escravo? Há pessoas que escolhem uma pessoa para amar a vida inteira e se tornam escravas dela.
Outras preferem não ter e não pertencer a ninguém, rendendo-se a um tipo diferente de escravidão – relações rasas e descartáveis.
São de todos e, ao mesmo tempo, escravas da solidão.
Há aqueles que se julgam libertários e violam as leis.
Vão, sentem, tocam, bebem, cheiram, ousam.
São insaciáveis e também escravos: do vício, do remorso, da sensualidade, do trauma e da história que escreveram. Alguém disse certa vez que todo vício é uma prisão a céu aberto. Somos livres tão somente para escolher de quem seremos escravos.
Então quem é o seu senhor? É fácil descobrir.
Cheque sua agenda. Releia suas últimas conversas no WhatsApp.
Abra a geladeira. Olhe-se no espelho. Pergunte a um vizinho.
Encare a fatura do cartão de crédito. Descubra quem são de fato seus amigos. Olhe bem nos olhos de quem está ao seu lado. Ore. Depois releia este texto.
Está escrito: “O homem é escravo daquilo que o domina” (2Pe 2:19).
Que você escolha hoje ser escravo do Senhor Jesus.