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MESA

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Preparas um banquete para mim à vista dos meus inimigos. Tu me honras, ungindo a minha cabeça com óleo e fazendo transbordar o meu cálice. Salmo 23:5

Alguns afirmam que o Salmo 23 é a porção mais conhecida do texto bíblico – o “Salmo do Pastor”. No entanto, esse poema descreve nossa relação com Deus para além da cativante figura de um cuidador de ovelhas. Esse é também o “Salmo do Anfitrião”.

Deus é apresentado ali como Aquele que oferece não apenas proteção e supre necessidades, mas como quem propõe uma relação.

Ele é o Anfitrião que abre as portas da casa e prepara a mesa.

Isso é comunhão e intimidade.

É possível perceber no texto uma espécie de movimento, que vai das pastagens do campo distante, passando pelo vale escuro e perigoso, indo em direção à casa do Pastor-Anfitrião. Alguns pensam que esse trajeto poderia simbolizar as diferentes fases da nossa jornada de fé. Um dia somos como ovelhas pequenas e indefesas que precisam de ajuda para tudo, inclusive para encontrar alimento e água. Aos poucos vamos aprendendo a andar pela vida, sendo guiados pelos conselhos e exemplo do nosso Modelo divino.

Mais adiante nossa fé é testada pelos reveses da vida, o que pode ser simbolizado pelos vales de sombra e morte. Mesmo nesses momentos, temos a chance de comprovar a companhia do Senhor. Até que finalmente chegamos à casa do Pai – uma referência à vida eterna. Aprendemos com o Anfitrião descrito no salmo que o maior sinal do reinado de Cristo na Terra não são os alimentos que distribuímos, mas as mesas que preparamos.

As cestas básicas que oferecemos são importantes, mas não esgotam o evangelho. A caridade não substitui o relacionamento. O reino de Deus acontece onde as portas se abrem, onde a mesa é posta, onde a bênção é repartida, onde a alma se farta.

É quando trazemos pessoas para nossa presença, para nossa mesa e para nossa vida. Mesmo aquelas que são diferentes de nós.

Não é por acaso que a vida eterna é ilustrada com um banquete.

Que hoje você encontre oportunidades para se sentar à mesa com pessoas que tornam sua existência significativa. Que em sua mesa sempre haja lugar para o estrangeiro, para o solitário, para o ferido e para o cansado.

E que no encontro com o outro você se encontre com Deus.

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