BUMERANGUES

Aprendi a tocar violão com meu irmão.

Ele recebeu um de presente dos meus avós e me ensinou os primeiros acordes. Lembro que não demorou muito para que eu começasse a compor minhas próprias músicas. Elas tinham poucos acordes e muita inocência.

Falavam de amizade, de esperança e de como é bom andar com Jesus.

De lá para cá, já compus algumas dezenas de canções, e várias delas foram gravadas por amigos meus. Eu considero as músicas que escrevi como bumerangues: elas vão e alcançam pessoas que, talvez, eu nunca chegue a conhecer nesta Terra.

Mas, frequentemente, elas voltam e me encontram nos momentos em que mais preciso me lembrar das verdades que elas carregam.

Eu devia ter uns 15 anos quando escrevi a canção intitulada “Mais Uma Vez”. Do que já havia experimentado em minha caminhada de fé, uma verdade me assustava e encantava: Deus sempre está disposto a me aceitar e perdoar, independentemente do que eu faça, de onde esteja ou das consequências de minhas escolhas.

Espero que estas palavras toquem sua vida de um jeito especial hoje: Sempre que me afasto dos Teus braços de amor, Eu tropeço e caio mais uma vez, Senhor.

Basta o primeiro passo, basta confiar na ilusão, Logo sigo outros caminhos e conheço a solidão. Quão difícil é andar só, sem rumo, sem direção, Sem ter um ombro, um amigo, sem um olhar de aceitação. Mas, sempre que eu clamo por Tua graça e amor, Sei que Tu me ouves mais uma vez, Senhor. Basta ouvir o Teu chamado e me entregar em Tuas mãos, Logo entendo que sem Ti minha força é em vão. Ao Teu lado, meu bom Pai, me sinto tão feliz, Em Teus braços volto a ser criança. Sou apenas aprendiz. E, mais uma vez, Senhor, eu venho a Ti, Pois descobri, Senhor, nada sou sem Teu amor. Sei que podes me ouvir, me perdoar e me aceitar mais uma vez. Então, amado, se as coisas não deram muito certo ontem, não desista agora.

Pare um pouco e, ao lado de Cristo, recomece, mais uma vez.