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Meu primeiro chamado pastoral foi para trabalhar com os jovens da Igreja Central de Brasília. Aquele foi um tempo muito feliz e de muito aprendizado.
Formei grandes amigos e ainda guardo no coração várias histórias marcantes.
Uma delas tem a ver com o meu primeiro carro.
Quando ingressei no ministério, recebi de presente dos meus pais um Ford KA preto, que me acompanhou ao longo de seis anos. Fiquei tão empolgado com a ideia de ter um veículo só meu que, por vezes, pisei forte no acelerador.
As vias espaçosas da capital federal também eram um convite à velocidade. Mas qual não foi a minha surpresa ao descobrir que, nos seis primeiros meses em Brasília, eu havia recebido dez multas de trânsito! E pelo menos metade delas foi registrada no mesmo local, na avenida que dava acesso à igreja onde eu trabalhava.
Eu não sabia que os radares posicionados perto dos semáforos detectavam também a velocidade dos veículos. Descobri tarde demais.
Mas, com a descoberta, recebi um enorme presente: meu pai, que havia comprado o carro, também havia quita doas multas.
Algumas pessoas criaram para si uma imagem distorcida de Deus.
Para elas, Deus é uma espécie de policial cósmico que espalhou radares pelas avenidas da vida a fim de registrar as falhas humanas.
Um Deus assim certamente será temido. Poderá até receber um tipo de obediência, mas dificilmente será amado. O Deus da Bíblia tem pouco a ver com o policial que flagra. Ele é mais parecido com o pai que paga o preço da multa.
Isso não significa dizer que Ele não Se importa com nossos pecados. Nada poderia estar mais longe da verdade do que esse tipo de pensamento.
O texto de hoje nos relembra o desejo do Eterno: Ele quer que vivamos longe do pecado. Mas, se alguém pecar, diz a Bíblia, há um Intercessor.
Há recursos ilimitados para cobrir todas as multas que se possa receber nas ruas desta vida. Quer um conselho hoje? Respeite os limites de velocidade.
Ande em paz. A dívida já foi paga na cruz.