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Davi era tetraplégico. Após mergulhar em um rio, ele fraturou uma das vértebras e perdeu os movimentos do pescoço para baixo.
Como era de uma família simples, a cadeira onde ficava era adaptada.
Tinha espuma no apoio dos braços e da parte de trás vinha um ferro com um pequeno sino pendurado, o qual era tocado com a boca caso precisasse de ajuda.
Sua voz era fraca por causa do diafragma atrofiado pela paralisia.
Quando alguém vinha atendê-lo, tinha que chegar bem perto para entender o que ele dizia. Davi e sua esposa tinham dois filhos.
Quando o mais velho completou 18 anos, começou a se envolver com drogas. Mas foi em uma manhã de sábado que a maior crise se apresentou à família.
Não havia ninguém em casa além de Davi e seu primogênito.
O rapaz estava bem agitado naquela ocasião, e o pai percebeu isso.
Começou a revirar as coisas no quarto, depois na cozinha.
Depois de algum tempo, tudo ficou em silêncio.
O filho mais velho havia tirado a própria vida.
Consegue imaginar a aflição do pai naquela hora? Davi começou a tocar o sinete com todas as forças, mas sem sucesso. Não havia ninguém que pudesse ouvi-lo.
Naquele sábado, enquanto a mãe e a irmã estavam fora, Davi viu o próprio filho cometer suicídio. Quando o pastor da igreja chegou, ouviu o desabafo do pai: “Pastor, você não consegue imaginar o que é ver seu filho morrendo e não poder se mover para ajudá-lo.” Quando o pastor Fernando Iglesias contou essa história, imediatamente pensei em Deus e no que se passa em Seu coração ao ver filhos amados morrendo sem que a igreja faça alguma coisa.
As ilustrações nunca são perfeitas, mas, de acordo com o texto de hoje, Cristo é a cabeça, e a igreja é o Seu corpo nesta Terra.
No entanto, às vezes, esse corpo parece estar tetraplégico, sem movimento. Agora mesmo há pessoas que o Eterno deseja ouvir e abraçar, pessoas com quem quer falar por meio de nós. Sonho com uma juventude que se levante para ser as mãos, os ouvidos, o abraço e a voz de Jesus. Você aceita o desafio hoje?