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COMUNIDADE

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Os que criam mantinham-se unidos e tinham tudo em comum. Atos 2:44

Uma parábola antiga conta sobre um homem que foi convidado para conhecer o Céu e o inferno. Uma porta se abriu, e alguém anunciou: “O inferno é aqui.” O visitante observou a cena atentamente. Viu várias pessoas sentadas na borda de um grande caldeirão no centro da sala. Dentro dele havia sopa, mas ninguém conseguia comer.

Todos tinham colheres, mas o cabo era longo demais, e isso impedia que a comida chegasse à boca. Era possível perceber angústia em todos os olhares.

As pessoas estavam famintas e desesperadas.

Depois de alguns minutos, o homem foi convidado a conhecer o Céu.

A porta se abriu, e, no interior, a cena era idêntica.

Um imenso caldeirão cheio de sopa, pessoas ao redor e colheres de cabo comprido. Mas as pessoas estavam tranquilas e bem alimentadas.

“Se tudo parece igual, o que explica o fato de as pessoas estarem felizes neste lugar?” A resposta foi simples: “É que aqui elas aprenderam a alimentar umas às outras.” Assim como a parábola bíblica do rico e de Lázaro, essa história não descreve a realidade, mas ensina uma lição. Um ambiente ou uma relação em que os esforços estão centrados nos interesses individuais tem grande potencial de se tornar insuportável – um tipo de inferno.

Por outro lado, “oásis” é quando encontramos lugares e relações em que os egos diminuem. Essa era a realidade da igreja no início da história cristã.

Após o Pentecostes, os seguidores de Jesus se tornaram uma comunidade fundamentada na partilha. O livro de Atos descreve isso com palavras que parecem estranhas, se analisadas pelas lentes de nosso tempo. Os cristãos do 1o século se mantinham unidos e permaneciam juntos nas casas e no templo. Eles adoravam juntos e comiam juntos.

Partilhavam a fé e o pão. Não havia entre eles quem tivesse muito e não doasse nem quem tivesse tão pouco que passasse necessidade.

A frase mais chocante talvez seja esta: “Eles tinham tudo em comum.” Com os cristãos primitivos, eu aprendo que comunidade é um cemitério de “egos”.

De que maneira você tem lidado com essa realidade? O ladrão diz: “O que é seu é meu.” O egoísta diz: “O que é meu é meu.” O cristão diz: “O que é meu é seu.” E você, o que diz?

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