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Imagine a cena. Um jovem se encontra com o pai da moça com quem deseja se casar. A reunião estava marcada havia semanas. Ele está um pouco nervoso, mas confiante de que pode impressionar o futuro sogro. É, sem dúvidas, um dos momentos mais importantes de sua vida. Naquela tarde, ele irá pedir a mão de sua amada em casamento.
Após falar de suas intenções, o rapaz começa a apresentar ao futuro sogro sua empresa no ramo de suínos. Nessa hora, ambos assistem a uma cena inesperada.
A certa distância, veem um desconhecido perto da manada.
Ele parece estar falando alguma coisa. De repente, levanta uma das mãos como quem dá uma ordem. Então os porcos saem correndo e se jogam em um precipício.
Atônito e mudo, o jovem põe as mãos ao redor do rosto.
Lá se foram os porcos e, com eles, a empresa, a fortuna, o casamento e todo o seu futuro. Agora me diga: o que você acha que esse personagem teria sentido ao descobrir que Jesus havia feito aquilo? É provável que esse jovem estivesse entre aqueles que se reuniram ao redor de Cristo para rogar que Ele saísse de Gadara, sua cidade.
Aquelas pessoas haviam acabado de presenciar um milagre.
Um homem possuído pelo diabo estava liberto.
Mas isso parecia pouco importar. Os porcos estavam mortos.
A melhor opção para eles era expulsar Jesus de seu território.
Nossa primeira reação diante do relato é pensar que nunca faríamos uma coisa dessas. Nunca expulsaríamos Jesus. Nunca pediríamos que Ele Se afastasse de nós.
Será? Talvez nunca tenhamos colocado em palavras.
A presença de Jesus, às vezes, parece impor prejuízos, e com nossas ações gritamos: “Jesus, é melhor o Senhor sair da minha cidade.” Com gestos e com escolhas, vamos colocando Jesus para fora do namoro, dos estudos, dos hobbies.
Uma coisa é certa: quando Ele entra na vida de uma pessoa, algo tem que sair. Geralmente são coisas imundas, às quais nos apegamos e tratamos como se fossem nosso maior bem. Deixe os porcos irem embora. Abra a porta da vida para Jesus.
Viver sem Ele é o maior prejuízo de todos.