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Ontem refletimos sobre as orações respondidas rapidamente e como isso aconteceu na história de Daniel. É necessário, no entanto, lembrar um episódio diferente narrado no capítulo 10 de seu livro. Houve um dia em que o mesmo Daniel fez outra oração, pedindo outras explicações. Quando abriu os olhos, em lugar de receber a resposta de um anjo, Daniel ouviu apenas o silêncio. Ele orou mais uma vez, e nada aconteceu. Jejuou, clamou, chorou.
E foi assim durante três longas semanas, mas sem resposta.
Não sei se você já experimentou algo assim, mas não deve ser nada prazeroso. Ao final dos 21 dias, o mesmo anjo apareceu trazendo a resposta.
A cena então é outra: Daniel está fraco, com os cabelos desgrenhados e com a voz rouca. A luz angelical invade o cenário escuro com a frase que soa como música: “Daniel, você é muito amado” (Dn 10:11). Você se lembra dessas palavras? Por que em uma das cenas Deus responde imediatamente e na outra Ele demora para responder? Por que algumas vezes as coisas parecem se resolver facilmente, mas em outros casos parece que não somos ouvidos pelo Céu? Se Deus pode todas as coisas, se Ele sabe de tudo e tem solução para os nossos problemas, por que nem sempre a resposta vem quando pedimos? Essa história nos ensina que mesmo uma singela oração tem conotações cósmicas. Ao orar a Deus, declaramos diante do Universo que estamos do lado do Vencedor. Nele encontramos o que Ellen White chama de “ilimitados recursos da Onipotência” (Caminho a Cristo, p. 83 [95]).
Mesmo a prece de uma inocente criança ao pé da cama não passa despercebida. Nossa oração é o dedo mínimo humano que faz mover o braço onipotente de Deus.
Portanto, ore mais. Ore sempre. Quando você ora, o Céu age em seu favor. Pode ser no espaço de alguns segundos ou depois de longos anos.
Se pudéssemos ver as coisas como Deus as vê, perceberíamos que isso não é o mais importante. O que importa mesmo é que o relógio de Deus nunca marca atraso.
Somos filhos muito amados.