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Israel estava atravessando uma das maiores crises de sua história.
O autor bíblico resume o drama dizendo que o povo de Israel havia escolhido caminhos diferentes daqueles que Deus aprovava. Como consequência, tornaram-se prisioneiros vivendo em suas próprias terras. De tempos em tempos, os inimigos invadiam seu território para saquear e destruir. Levavam o fruto da colheita, matavam animais e violentavam quem tentasse se opor à sua agenda de extermínio. Diante do caos instalado, qual deveria ser a reação do povo de Deus? A continuação do texto diz: “Prevalecendo o domínio dos midianitas sobre Israel, fizeram estes para si, por causa dos midianitas, as covas que estão nos montes, e as cavernas, e as fortificações” (Jz 6:2, ARA). Aqui está a resposta: durante a crise, os israelitas estavam cavando covas. Essa é uma referência aos buracos feitos nas rochas, que poderiam servir tanto como esconderijo quanto para enterrar aqueles que iam sendo mortos pelos midianitas.
O pastor José Carlos Ramos costumava dizer aos alunos no seminário: “Crise vai, crise vem, para que se saiba quem é quem.” Quando os problemas batem à porta, as pessoas revelam sua verdadeira essência. Durante a crise, há pessoas que não conseguem fazer nada além de cavar covas. Gastam tempo, recursos e energia nesse projeto funesto.
Seus olhos estão sempre fixos no solo.
Vivem com medo e espalham pessimismo em seu discurso de morte.
São vitimistas e especialistas em transferir responsabilidades.
O que me espanta na história de Juízes 6 é que foi preciso passar sete anos até que o povo se lembrasse de clamar ao Senhor por socorro (Jz 6:6).
Demorou até que os israelitas percebessem que as covas não eram a solução e que deveriam refazer o compromisso com Deus.
Ainda hoje existem muitos “cavadores de covas”.
Eles atravessam as crises elegendo os culpados pelo mal que encontram no mundo.
Suas covas são cada vez mais fundas e mais vazias.
Sugiro que você esteja entre aqueles que clamam a Deus e que se colocam em Suas mãos para que sejam usados como instrumentos de libertação.
Aceita o desafio?