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Ninguém faz só o que quer. Há realidades externas que influenciam muitas das escolhas que fazemos. Por exemplo, quando o sinal está vermelho, eu não paro porque quero. Primeiro, a lei me diz que devo parar. Do contrário, serei multado.
Segundo, a lógica me diz que devo parar porque há outros motoristas circulando. Se eu não parar, posso sofrer um acidente. Terceiro e não menos importante: minha esposa me diz que devo parar e, mesmo que não houvesse lei ou lógica, isso para mim já seria suficiente! Ou seja, há leis, lógicas e relacionamentos que afetam meu comportamento.
Escrevo essas linhas lembrando-me da visita recente do meu irmão.
Ele passou dois dias em nossa casa acompanhado da família.
Cláudio tem um filho de três anos chamado Klaus.
Ele é conversador e cheio de opinião.
Em um dia desses, chegou a hora do banho, e meu irmão foi chamar o Klaus. Disse: “Filho, agora você vai tomar banho.” O baixinho cruzou os braços, franziu a testa e disse sério: “Eu não vou. Eu não quero.” Eu estava por perto assistindo atentamente àquela cena.
Queria ver o desfecho da conversa e, nessa hora, aprendi uma grande lição sobre educação de filhos e sobre a vida. Meu irmão abriu um sorriso, abaixou-se para olhar o Klaus na altura dos olhos e disse: “Filho, na vida, querer é opcional. Mas agora eu estou mandando: vamos para o banho!” Queria poder dizer que o garotinho entendeu a lição e foi alegremente para o banheiro. Mas posso dizer que ele tomou um bom banho naquele dia.
Enquanto ouvia o som do chuveiro, pensei na força daquelas palavras. Onde eu estaria se na infância só tivesse tomado banho quando sentisse vontade? Quem seria eu se só tivesse ido à escola quando sentisse vontade? Como estaria minha saúde se eu só comesse salada quando sentisse vontade? Querer é opcional. Obediência é essencial.
Isso é verdade nos esportes, nos estudos, nos negócios, nos relacionamentos e também na vida cristã. Na caminhada de fé, nem sempre fazemos o que queremos.
Fazemos o que deve ser feito para honrar a Deus e abençoar os outros.
Assim vamos sendo transformados à semelhança de Cristo.
Que a sua oração hoje seja a mesma de Jesus: “Senhor, seja feita a Tua vontade, assim na Terra como no Céu.”