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Lá estava Adão, recém-saído das mãos do Criador.
Tudo que havia à sua volta era belo e harmonioso, fruto do plano perfeito de Deus. Posso até imaginar seu primeiro encontro com o Criador.
Depois de ser apresentado à vida e ao jardim, o homem queria saber no que poderia ajudar. Mas, após o término daquela sexta-feira, a resposta divina foi: “Descanse.” Por que descansar se ele havia acabado de ser criado? Com essa ordem, Deus estava dizendo: “Filho, olhe ao seu redor. Eu fiz tudo isso para você. Diante de Minha obra perfeita, sua parte é descansar em Mim.” Assim foi estabelecido o sábado como dia de descanso, um lembrete constante de que há um Deus que criou o mundo e sustenta a vida.
A Carta aos Hebreus, um dos documentos teológicos mais ricos da Bíblia, também fala desse descanso, e o tema recorrente apresentado pelo autor é sobre “superioridade”: sacerdócio superior, santuário superior e descanso superior.
O descanso do sábado apresentado ali é mais do que físico, é espiritual. Ele não acontece simplesmente porque nos ausentamos de alguns lugares nesse dia para frequentar outros. A restauração da vida não ocorre somente no espaço de uma igreja.
O descanso do corpo é símbolo da salvação.
Sabe qual é a grande diferença entre o espaço e o tempo? Em relação ao espaço, você precisa ir até ele. Mas o tempo vem até você.
As 24 horas do sábado vêm ao ser humano independentemente de como ele está. Esse é um tremendo símbolo da graça de Cristo que vem até nós e nos convida a descansar Naquele que pode suprir todas as nossas carências.
É também um convite a baixar as armas e deixar de lutar pela salvação com nossas próprias forças. Quando descansamos nas horas sabáticas, declaramos ao Universo que confiamos em Deus para realizar por nós o trabalho que não podemos realizar – a salvação. Assim, descansamos “à sombra do Onipotente” (Sl 91:1, ARC).
A semana passou veloz, e o sábado chegou.
Pare um pouco e descanse.
Deponha suas armas e renove a confiança Naquele que foi capaz de realizar a maior de todas as obras, a nossa salvação.