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Quando os bebês nascem, os amigos e familiares se apressam em afirmar: “É a cara do pai” ou “tem o rostinho da mãe”. Essa relação de semelhança é resultado da combinação genética que determina, por exemplo, a cor da pele, dos olhos, o formato do rosto e o tipo de cabelo. Além disso, muitas vezes percebemos que a relação de semelhança entre pais e filhos ultrapassa a questão física e alcança aspectos comportamentais e espirituais.
Deus fez questão de deixar claro que a humanidade seria diferente dos demais seres que Ele havia criado. O Senhor poderia simplesmente ter dito: “Haja o homem”.
Em vez disso, Deus Pai, Filho e Espírito Santo decidiram que fariam o homem à Sua imagem, conforme a Sua semelhança. O Criador Se debruçou sobre a terra e moldou no barro o corpo humano, seus ossos, músculos e órgãos; articulou os sistemas digestório, respiratório, nervoso e reprodutor; trouxe beleza ao esculpir a pele, a boca e os olhos, cada detalhe foi cuidadosamente criado. Por fim, soprou em Adão o fôlego de vida, tornando-o um ser vivente. Nesse sentido, Lucas afirmou: “Adão, filho de Deus” (Lc 3:38).
Ser criado à semelhança de Deus representou muito mais que as questões físicas. Essa semelhança poderia ser percebida também nos aspectos intelectuais, sociais, emocionais e espirituais. O modo como nos comportamos, nossos valores e até mesmo nossa espiritualidade são reflexos do relacionamento que temos com os nossos pais.
De forma consciente, ou mesmo sem perceber, temos a tendência a imitá-los. Da mesma forma, se quisermos ser mais semelhantes a Deus, nosso Pai e Criador, devemos nos relacionar e conviver com Ele. Ao imitar Suas características, como amor, bondade, pureza e respeito, vamos nos tornar “a cara do pai” e também representantes de Deus neste mundo.